As Tecnologias da Informação e da Comunicação têm vindo a provocar
uma enorme mudança na Educação, originando novos modos de difusão do
conhecimento, de aprendizagem, e, particularmente, novas relações entre
professores e alunos.As pesadas enciclopédias foram substituídas pelas
enciclopédias digitais, pela consulta de portais académicos e outros
locais diversificados. Passamos a utilizar sistemas electrónicos e
apresentações coloridas para tornar as aulas mais atractivas e,
frequentemente, deixamos de lado o tradicional quadro negro e o giz e
passamos directamente para as superfícies e projecções interactivas.
A revolução originada pela Internet possibilita que a informação
produzida e disponibilizada em qualquer lugar esteja rapidamente
disponível em todo o Mundo, originando uma mudança nas práticas de
comunicação e, consequentemente, educacionais, em vários aspectos tais
como na leitura, na forma de escrever, na pesquisa e até como
instrumento complementar na sala de aula ou como estratégia de divulgar a
informação, permitindo tanto o ensino individualizado como o trabalho
cooperativo e em grupo entre alunos.
O computador por seu lado vem-se afirmando também pelo interesse que
causa nos alunos. Curiosos e entusiasmados para aprenderem a mexer, eles
ficam atentos a todo tipo de orientação e novidade relacionada ao
computador e a Internet. A informática tem, assim, o poder de entreter
mesmo aqueles alunos com dificuldades de comunicação e concentração.
Deste modo, educar no mundo de hoje é uma tarefa não só das escolas e
universidades, mas também da rede mundial de computadores.
Outra questão a ser considerada, é que neste novo sistema do mundo
tecnológico, o professor deixou definitivamente de ser o detentor de
todo o saber, para se afirmar como um orientador, um intermediário entre
o aluno e os conhecimentos que a Internet pode fornecer.
A passagem do papel do professor de veículo transportador de
informação para o de condutor desse mesmo veículo reforça-lhe a
importância, se assumirmos a Internet como uma espécie de “território
livre”, onde tudo pode ser publicado. O discernimento da qualidade das
fontes de informação e a análise da sua fidedignidade são deste modo
papéis fundamentais desempenhados pelo professor. A sua participação é
crucial para orientar o aluno evitando que ele incorra em erros ou se
apoie em informações imprecisas. Para mim, este é um dos mais
importantes papéis do professor no contexto actual: oferecer aos alunos
orientação para consultas e pesquisas, aproveitando eficazmente as
potencialidades da Internet.
Por outro lado o aparecimento de formatos comunicacionais mais
apelativos e abrangentes coloca nos pedagogos inquietações constantes no
sentido de transportarem para o território educativo - as redes
sociais, os fóruns, os chats e toda a diversidade interactiva hoje
existente.
É neste contexto que experimentei transformar os chats em ferramenta
educacional. Assumindo o papel de orientador e despoletador das
pesquisas por parte dos alunos, constatei que os mesmos desenvolveram
competências de pesquisa, tornando-se mais autónomos e colaborativos. O
procedimento é relativamente simples e disponível a qualquer docente. No
fundo trata-se de recorrer a um serviço de Chat, o que se consegue
gratuitamente na Internet, e fazer com que o mesmo seja acessível a
todos os alunos de uma dada turma. Depois de todos estarem ligados no
chat, o docente coloca uma questão temática, os alunos procuram a
resposta e respondem igualmente por chat. Deste modo e em sequência cada
aluno vai poder responder ao docente e às questões que os colegas
tenham sugerido. Pode igualmente comentar as respostas dos colegas,
assim como pedir ajuda ou partilhar o encanto/estupefacção pelo que
acabou de ler. A possibilidade de “em tempo real” enviar, aos restantes
participantes, as ligações para os sítios que visitou permite a troca de
pontos de vistas sobre um mesmo assunto. Depois de uma fase de teste em
sala de aula, esta metodologia permite que em situações de isolamento,
por motivos de saúde ou outros, o aluno possa permanecer em “contacto
directo” com os seus colegas de turma.
FONTE: Superdom.blogs.sapo.pt
0 comentários:
Postar um comentário